



Estamos vivendo em meio a uma pandemia. Todo mundo que pode fica em casa, para se proteger e proteger as outras pessoas. Deixamos de circular por espaços públicos, deixamos de abraçar as pessoas, deixamos de ir à aula, os que podem, ao trabalho, deixamos de visitar os amigos e parentes, deixamos de fazer tantas coisas... mas uma coisa não deixamos de fazer: imaginar. Imaginar o passado, o presente e o futuro. Imaginar dias melhores. Imaginar o fim e o começo. Imaginar outras imaginações.
Em um momento de crise como esse que estamos vivendo, imaginamos o uso da fotografia e da escrita como um respiro, como um dispositivo terapêutico; na tentativa de lidar e driblar as dificuldades, sempre imaginando outros possíveis.
É nesse contexto que imaginamos o projeto A Maré de casa. Imaginamos podermos compartilhar o que os moradores da Maré veem das suas janelas, por meio de fotografias e textos reunidos no ensaio Da minha janela. Imaginamos que alguns moradores poderiam escrever diários sobre esse momento, para isso convidamos alguns jovens do grupo Mão na Lata, para com fotos e textos, contarem o que se passa em suas casas, em suas intimidades.
Toda essa imaginação tem uma casa, a Redes da Maré, que entre tantas ações e projetos realiza a pesquisa Construindo Pontes junto ao People's Palace Projects, para estudar os níveis de bem-estar e saúde mental de residentes do Complexo da Maré.
Convidamos você a olhar, ler e imaginar o que se vê das muitas janelas da Maré.
Entrem, sejam bem-vindos!
DA MINHA JANELA
Durante esse período de pandemia, mais do que nunca, para nos conectarmos com o mundo recorremos às janelas. As janelas de nossos dispositivos eletrônicos e as janelas físicas de nossas casas. As janelas são espaços de fronteira que recortam e dividem territórios, a paisagem de dentro da paisagem de fora. Se a janela é essa abertura para o exterior, é também a revelação do interior.
Convidamos moradores da Maré a enviarem fotografias e textos sobre o que veem, ou o que não veem das suas janelas. E a contarem como tem sido suas quarentenas e como a pandemia tem interferido em suas vidas, estimulando o olhar para fora e o olhar para dentro, como parte de um mesmo movimento.
A cada nova galeria faremos uma votação popular para escolher os autores que serão premiados e terão sua foto e texto em destaque no site.
Veja aqui como participar!
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DIÁRIOS
No diário podemos escrever o que vemos, ouvimos e sentimos. Podemos lembrar do passado, imaginar o futuro. Podemos contar histórias sobre nós e sobre os outros. Um diário pode ser só pra gente, ser secreto, mas também pode ser público, como uma forma de partilhar afetos e de se comunicar. Um diário pode ser feito com textos e imagens. Escrever e fotografar nos ajuda a criar sentidos para vida e para o mundo. Pensando nas muitas possibilidades que tem as fotografias e a escrita, convidamos Christine Jones, Fagner França, Jailton Nunes, Jonas Willame, Juliana de Oliveira e Larisse Paiva, moradores da Maré, a fotografarem e escreverem sobre seus cotidianos durante a quarentena. Quem sabe os medos, as alegrias, as saudades, as angústias e os sonhos deles, possam ser os seus também?
Boa leitura.






CONTATO
Concepção e curadoria
Tatiana Altberg
Edição de textos e comunicação
Raquel Tamaio
A Maré de Casa faz parte da pesquisa Construindo Pontes desenvolvida pela Redes da Maré e People’s Palace Projects.
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